A terra que te prometi, existirá?
o chão lapidado onde rolavam dois corpos de arame, como era o seu nome...
esqueci o significado de noite,
esqueci o horário nocturno das avenidas em flor,
a terra, a terra que te prometi... não, nunca, nunca mais a observei,
antes brincávamos como duas crianças em frente ao mar,
e hoje,
e hoje o chão lapidado onde habitavam os nossos corpos deixou de existir,
havia uma cama fictícia com duas lanternas de silêncio...
havia um apito que assinalava a nossa partida,
partir,
não regressar, nunca, e nunca mais a observei.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 16 de Julho de 2014