Esta escuridão que não cessa de gritar,
esta montanha que não se cansa de chorar,
as tuas mãos, meu querido, suspensas no amanhecer,
este mar que te leva para o infinito,
quando do silêncio acordam as ninfas coloridas da dor...
este porto sem correntes,
esta cidade endiabrada que foge do teu olhar,
as árvores que tombam... e... e tu não sentes,
esta escuridão,
nas tuas pálpebras de cartão,
submersas em palavras com odor a tristeza,
esta vida, meu querido... esta vida que teima em destruir-te como se fosses pequeníssimas bolas de sabão...
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 9 de Setembro de 2014