Gostava de caminhar sob os teus desejos
e gritar ao vento laminado
as palavras que não consigo escrever,
desenhar na minha mão os teus beijos
que a madrugada alicerça nos cortinados da insónia...
gostava de caminhar sob os teus desejos
e sentar-me junto ao Tejo
fingindo que sou uma caravela sem marinheiro
fingindo... fingindo que sou um desabrigado esqueleto de xisto.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 20 de Setembro de 2014