Nunca soube quem eras
o que fazias
nunca soube a quem pertencias...
nunca soube se em ti existiam
tristezas
… ou... ou alegrias
nunca soube nada do teu sorriso sonolento
se sonhavas
se eras apenas o alimento
da paixão
nunca quis saber o teu nome
se é que tens nome
um corpo
se é que tens corpo
nunca
nunca percebi o colorido dos teus lábios
nunca quis escrever-te
cartas
ou... ou pequenas palavras
de silêncio
das palavras de nada
nas palavras envergonhadas
da paixão.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 23 de Setembro de 2014