Hoje,
hoje um dia perfeitamente de “merda”,
tudo parece desabar sobre os meus ombros,
chove,
hoje,
hoje estás triste,
hoje,
hoje estás ausente...
hoje,
hoje percebi que em breve partirás,
e hoje...
eu, e hoje, eu sem paciência para as palavras,
odeio... as palavras,
odeio a arte de escrever,
odeio a literatura,
odeio a pintura,
hoje,
hoje...
hoje odeio a noite,
e os esconderijos nocturnos da solidão,
hoje,
hoje um dia sem memória,
hoje um dia sem história,
hoje... hoje sinto-me um prisioneiro das sombras do infinito...
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 7 de Outubro de 2014