Porque dormem no meu olhar
os traços coloridos de silêncio?
Porque existe um veleiro desgovernado
no Oceano meu sofrimento,
se o vento,
se o vento deixou de correr junto às palmeiras...
Porque vagueiam na minha mão
as palavras nocturnas da dor,
quando o livro poisado na minha mesa-de-cabeceira...
ardeu,
morreu,
e hoje é apenas cinza como os traços coloridos de silêncio...
Porque dormem no meu olhar
os traços coloridos de silêncio?
Se nas tuas pálpebras crescem andorinhas sem asas!
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira, 13 de Outubro de 2014