Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

09
Nov 14

A morte em seu regressar

palmilhando aventuras

despedindo a dor e o sofrimento

a morte em seu regressar

das catacumbas da insónia

há nas tuas pálpebras de amêndoa

um poema embebido em lágrimas

há nos teus ossos a sinfonia da partida

a morte... a morte sem melodia

perdes-te na cidade

andas descalço até tombares no chão

como um soldado... como um canhão,

 

Não gritas

não inventas desculpas para a tua viagem

nada levas

tudo em ti pertence à poeira

e ao cansaço de viver

a morte em seu regressar

entre nocturnos pássaros

e desnudas nuvens de incenso

a morte... a morte da palavra

quando todo o papel arde na tua mão...

e tu... e tu sem nada dizeres

impávido... olhas-te no espelho... e constróis sorrisos de vidro!

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Domingo, 9 de Novembro de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 13:37

O amor é uma merda!

Amo

desalmado...

desejo,

não sou desejado,

 

Leio

escrevo... e fodo

inventado palavras, desenho barcos na tua pele,

e mesmo assim... som infeliz,

ausente,

às vezes para ti...

 

O amor é uma merda!

Amo

desalmado...

em pedra

como a cinza do teu olhar...

 

Amo-te, amo-te... E depois?

 

 

Francisco Luís Fontinha

Domingo, 9 de Novembro de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:29

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