Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

21
Nov 14

(para os meus pais)

 

 

O “foda-se” triplicado na equação do Adeus

a morte

o corpo evapora-se e viaja em direcção a um punhado de fotografias a preto e branco

a roldana da insónia range

gritaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa..................................

não posso mais

estou mergulhado no teu sorriso como um pêndulo sem alicerce

embriago-me nas tuas pérolas falsificadas

olho-me no espelho... pareço um falhado construído de cartão

sem coração

em revolução...

apetece-me matar todas as flores do teu jardim

aprisionar os pássaros dos teus sonhos...

não posso mais com rostos transformados em nada

corpos cadentes

e lágrimas

o “foda-se” triplicado na equação do Adeus

a morte

o corpo vacila no sentido descendente da impaciência

penso

escrevo...

nada... apenas “merda”

e

e complicadas matrizes melódicas

a fome que não é fome...

e quando apareço nos seus cabelos...

ela me inventa equações sem resolução

os anais

sem personagens vestidas de marinheiro desempregado

o estranho

a pintura de engano das tuas veis desalojadas do Sol

e desengano-me a cada pedra de xadrez...

 

 

 

(não sou eu...)

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:26

Desço ao inferno barco sem regresso,

olho-me no espelho do triste Oceano sem cortinados,

ou... ou janelas de pálpebras inchadas,

tenho na mão a enxada da dor...

e nos lábios o beijo de uma flor,

desço,

mergulho...

saltito nas cinzas do teu corpo inseminado nas páginas de um livro,

de poemas,

de “merdas” sem significado algum,

mergulho... e desço...

e percebo que o futuro é incerto,

 

Negro como a noite interminável...

 

Fujo,

escondo-me na sombra do teu sangrento olhar,

desço ao inferno barco sem regresso,

em desassossego,

como um esqueleto esquecido no mar...

como uma árvore que acaba de morrer,

sem medo...

sem... sem palavras de escrever.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sexta-feira, 21 de Novembro de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:56

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