Sinto nestas palavras
O tecto nocturno do sofrimento,
Uma sombra de luz,
Sobre ti,
Acariciando o teu corpo
Inventado por mim,
E mesmo assim,
Não estou feliz,
Não me apetece olhar o rio,
Nem os socalcos desesperados,
Ler, escrever ou desenhar,
Sobre ti,
O corpo emagrecido das tempestades de silêncio,
Voas como uma invisível folha,
Sem asas,
Nem… palavras,
Eu,
Sinto nestas palavras
A ardósia tarde da loucura,
Estranhamente… só,
Sempre só,
O vento,
E a chuva,
O medo,
E a paixão,
Escondidos no coração do amor…
Sem sonhos,
Sem… sem Nação!
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 16 de Maio de 2015