Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

23
Mai 15

Não sei o que sinto

Enquanto vivo e respiro

Pareço uma máquina

Em pedra adormecida

Sem vida

Triste

E esquecida

E nesta vida se ontem chorei

Não o sei

E nesta vida se ontem sorri

Não o sei

Por ti,

 

Ali

E aqui…

Nesta casa

Neste Universo sem palavras

Não há conversas

Sem… sem lágrimas,

 

Não sei o que sinto

Quando me embrulho num lençol de mar

Com barcos

Gaivotas

E ossos… e ossos para recordar

Não sei o que sinto

Sem vida

Triste

Ali

E aqui

Por ti

Por ti…

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sábado, 23 de Maio de 2015

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:14

O amor das pedras

Quando as pedras são pessoas

E as pessoas

Pedras

Sombras

Noite

Clara

Escura

Negra

A paixão

Das pessoas

Das pedras

Boas

Voar

Sobre

Voar sobre os telhados de vidro

E sonhar com pássaros em papel

O fumo

Do teu olhar

Regressa aos meus lábios em sono

A alegria

De chorar

Porquê

Se amanhã

Voar

No mar

Sobre o mar

Das pedras

Boas

Voas

Tu

Voar…

Voar sobre o meu peito de xisto

E ao longe

Socalcos

E luz

Entre candeias

E palavras

De nada

Obrigado

O poema ama

É vida

É viver

Em nada

Com nada

A morte

A morte ensanguentada

E sem morada

Nem chegada…

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sábado, 23 de Maio de 2015

publicado por Francisco Luís Fontinha às 18:05

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