Este machimbombo que não anda
E não cessa de chorar,
Esta montanha acorrentada ao mar,
Sem barcos,
Marés…
Ou paixões imaginadas por gaivotas a voar,
Este machimbombo ensanguentado,
Triste,
Tão triste que não sabe o significado de…
Cansaço,
Prisão,
A luz nos teus braços,
As esferas de prata travestidas de balas contra o teu coração,
Não interessa se amanhã vai acordar a madrugada,
Se é sexta-feira…
Ou sábado,
Mais uma semana,
E um desenho desnorteado
Descerá a calçada,
Tropeçando na saudade.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 16 de Julho de 2015