(desenho de Francisco Luís Fontinha)
Não me sinto desenhado neste rio sem nome,
Não sinto no meu corpo o cieiro da madrugada,
A fome…
As mãos da manhã amada,
Não sinto nada,
Não me sinto aprisionado a esta tarde envenenada,
A fome…
A palavra…
Não o sinto,
Não me sinto desenhado,
Esculpido no rochedo da dor,
Não há livros em mim,
Ou flor,
Que alimentem este cansaço,
Ou matem este amor.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 18 de Julho de 2015