Tínhamos no corpo o sorriso do desejo,
Tínhamos no peito as espadas do prazer cravadas,
Sentíamos a dor dos beijos na escuridão,
Sentíamos as lágrimas das madrugadas,
Acordados… e em vão,
Tínhamos os livros e as palavras,
As gotículas de suor quando o sol poisava sobre nós,
Ao final da tarde,
Gemíamos a cada verso declamado,
Sentíamos o peso das pálpebras quando abríamos a janela…
E o rio abraçava-nos como se fossemos duas crianças inventadas,
Brincando junto ao mar…
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 16 de Outubro de 2015