Tínhamos no peito a espada da paixão,
Este corpo dilacerado nas cosmopolitas manhãs de incerteza,
O medo de acreditar no amor, quando o amor morreu nos teus braços,
O significado da palavra envenenada,
O silêncio em viagem,
Sem destino,
Correndo para ao mar,
Peço um desejo…
Amar-te sem preconceito,
Não o consigo, só, eu, absorvido na neblina da manhã,
Escrevendo no capim as palavras proibidas,
Que só o teu corpo sabe distinguir do sonho,
Tínhamos no peito…
Os gemidos dos Oceanos entre orgasmos e desenhos,
As palavras de ninguém,
O homem de vidro sobrevoando as mangueiras de um quintal imaginário,
E hoje, e amanhã…
Somos engolidos pelo desejado beijo.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 23 de Outubro de 2015