nunca sei onde me encontro
neste labirinto de noite
nunca sei porque estou aqui
sentado
a olhar-te… quando pertences ao infinito
das palavras
e dos sons melódicos da solidão
nunca sei se o dia é lindo
assim-assim
ou como o de ontem
feio
triste
sem tempo para adormecer
nunca sei onde me encontro
neste labirinto de noite
sem noite
com dia
entre o dia e noite
pertences-me
ontem
feio
triste
assim-assim…
sentado no teu colo
a olhar-te
nas palavras
das palavras
do silêncio ancorado aos teus braços
Francisco Luís Fontinha – Alijo
terça-feira, 3 de Novembro de 2015