esconde-se o corpo no tapete nocturno da solidão
as cânforas manhãs do desassossego libertam-se das amarras
a liberdade acorda
todas as flores são livres
e todos os pássaros voam sobre os cabelos da alvorada
o olhar da serpente brinca num longínquo quintal abandonado
onde uma criança
também ela livre…
sonha com barcos em papel e estrelas coloridas
o corpo nunca teve medo
a não ser da solidão
que é a única prisão que amedronta o homem sem corpo…
Francisco Luís Fontinha – Alijó
segunda-feira, 16 de Novembro de 2015