Enclausurado neste convento de paredes rochosas
O meu corpo pertencendo às tuas garras de marfim
Sentinela das planícies de capim
Em busca dos pássaros assassinados por uma louca mão…
A eira sentindo o esqueleto do frio
Escorrendo nas frestas da solidão
Os barcos sem rio
O rio sem mão
Nas tristes flores pegajosas
Que a madrugada alimenta
São as noites rugosas
Que o meu coração desalenta.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
sexta-feira, 27 de Novembro de 2015