O desarmado soldado na guerra do silêncio, as armas mortíferas incendiadas na paixão da vida, o meu Major sempre bêbado, o uísque trepando as escadas da solidão, bebes um como meu filho
Não, não meu Major, não bebo, nunca bebi com um Major,
Não bebo por bérber, bebo para envelhecer, dizia-me o tio Serafim, homem da terra, artista, conhecedor da ciência do bacalhau, sabe-a toda, ele, nunca fez nada na vida, parecia um espantalho do milho
Ente parêntesis, a vida, o cansaço, o cansaço da vida, de estar vivo, o cansaço das manhãs sem literatura, o aventureiro mendigo das ruas desertas de Lisboa,
O meu Major sempre bêbado, levava-o ao seu porto de abrigo, aprisionava-o à cama não fosse a tempestade levá-lo, mas vamos ser reais
Quem deseja um Major Bêbado?
Dava-me semanas de férias, …
(ficção)
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 06/12/2015