Há arte abstracta no teu olhar
Uma sinfonia de cores
Que se diluem na madrugada
Se cruzam na avenida mais obscura da cidade
E se deitam em cada tela adormecida pela paixão,
Há palavras nos teus lábios
Sílabas extintas pelo vulcão da saudade
Casas ignoradas
Árvores envenenadas
Nos solstícios do desejo,
Há silêncios no teu corpo
Medusas embriagadas pelo cansaço
Sombras de aço
Sobrevoando o teu cabelo
Que o vento assassinou…
Francisco Luís Fontinha – Alijó
terça-feira, 12 de Janeiro de 2016