Recordo o sono levado nos teus braços
Quando a manhã terminava de acordar
Recordo o cansaço
E a sinfonia do Adeus
Que escondeste no mar…
Recordo-te sem me recordar
O teu nome
Recordo-me sem me recordar
O teu sorriso
Do amar
Do amor
Enraizado no esplendor altar
As abóbodas do silêncio
Quando prisioneiras dos teus lábios
E um pedacinho de Paz
Leva o teu corpo para o abismo
Entre rochedos de medo
E beijos de nada
Recordo
O sono
Levado
Os teus braços nas trincheiras amarguradas…
Sem tempo para me abraçar
Ou uma fingida despedida.
Francisco Luís Fontinha
domingo, 13 de Março de 2016