Cessou a saudade. Sinto o peso da noite sobre os ombros,
Uma coisa inexplicável,
Sofrível,
Cessou a saudade repentinamente,
Como o calafrio do desejo…
Na incandescente manhã desassossegada,
O término.
Segundo as previsões astrológicas…
Nunca deveria ter nascido,
Mas quis um Domingo que eu olhasse pela primeira vez o mar…
Distante, mas enraizado nos meus braços,
Como a barcaça do sofrimento,
Anos mais tarde,
Encalhada nos rochedos da montanha,
E sentia no corpo a ausência,
Tão pobre este destino…
De ser criança…
De ser menino.
Francisco Luís Fontinha
sexta-feira, 20 de Maio de 2016