Sem ti as palavras obedecem à desordem das coisas não belas,
Senti no meu corpo o abstracto silêncio
Das noites envidraçadas,
Os pincéis suspensos no tecto da alvorada
Esperando que a tela da solidão regresse do ontem,
Sem ti os poemas envenenados pelo veneno da inocência…
Que belo…
O amanhecer,
Que belo…
A noite caiada pelas mãos da madrugada,
A noite cinzenta e magoada…
Que belo… sem ti, sentir os teus lábios nos meus lábios…
Francisco Luís Fontinha
sexta-feira, 17 de Junho de 2016