A noite poisa a mão do guerreiro sobre os lençóis do sono,
Os cigarros transportam o vómito,
E aos poucos vão adormecendo no cinzeiro da solidão,
Não mais pertencerei a este silêncio
Que habita o meu corpo,
Daqui a alguns dias,
Eu,
Este corpo camuflado pelo incenso da madrugada,
Entrará em putrefacção anónima…
E serei apenas um cadáver de cinza prateada.
Francisco Luís Fontinha
segunda-feira, 20 de Junho de 2016