Embrulho-me nos teus braços
Sem perceber a chuva do teu olhar,
Lamento este meu corpo de cansaços
Que acordar em cada madrugar,
O silêncio,
O infinito silêncio dos teus lábios
A cada momento meu,
Ausente,
Como as nuvens do Céu…
Embrulho-me na tua boca de amêndoa infinita no prazer
Quando lá fora sinto os soluços do mar…
Esquecer,
E amar…
Este labirinto de sombras
Que dormem em mim como árvores eufóricas…
Embrulho-me no teu coração,
Como um pássaro embriagado
Nos corredores da solidão.
Francisco Luís Fontinha
quinta-feira, 7 de Julho de 2016