peço-te desesperadamente que me esperes junto ao canastro
que a vida deixe de fazer sentido
e pertença aos teus lábios de menina
linda
envenenada pela madrugada
peço-te meu amor
que me tragas as sonâmbulas sombras das palavras
e dos poemas…
o silêncio
a morte do silêncio
o silêncio da morte
quando a morte é a própria morte
peço-te
desesperadamente
meu amor
me que leves para os teus braços
peço-te
desesperadamente
meu amor
que me tragas as âncoras da dor
e do sofrimento
no silêncio
no desesperadamente
só
meu amor
esperando junto ao canastro
Francisco Luís Fontinha
sábado, 9 de Julho de 2016