descem a ribeira
os olhos do teu prazer
trazem na mão a tristeza
e o mar a arder
sinto o palpitar do meu coração
numa simples gota de suor…
deitada nas sombras dos aciprestes
descem a ribeira
as montanhas desertas
cansadas de viver…
que este corpo desenhou
nas palavras de escrever
descem a ribeira
os trilhos pedestres
dos abutres desgovernados
tristes
apavorados…
pela solidão da tempestade.
Francisco Luís Fontinha
sábado, 6 de Agosto de 2016