Sobre a poeira adormecida,
Deito o meu corpo putrefacto,
Cansado da escuridão,
Sobre a poeira esquecida,
Caminho inventando ruas…
E solstícios de solidão,
Sobre a poeira da vida…
Os míseros sorrisos do amor,
Que invadem na noite o meu coração,
Sobre a poeira emagrecida,
Sinto o teu corpo em papel…
Ardendo na fogueira minha mão,
Sobre a poeira ardida…
Os meus braços de xisto algemado…
Galgando as planícies do Verão.
Francisco Luís Fontinha
sexta-feira, 2 de Setembro de 2016