Terra sangrenta onde habito,
E vivem comigo as gaivotas do amanhecer,
Terra salgada, repito…
Das palavras de escrever,
Sentindo, os semáforos do silêncio madrugar…
Saltitando de mar em mar,
E chorar,
Terra maldita, e recheada de pragas e gafanhotos,
Meninos marotos,
Que brincam na aldeia,
Leio livros, escrevo nos livros que leio… e à ceia
Levanto os cortinados que me aprisionam ao teu ser,
Terra sangrenta,
Que me alimenta,
E me mata ao nascer do Sol…
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 29 de Julho de 2017