Porque choram as palavras, meu amor!
Neste silêncio cubículo guardo o meu corpo embalsamado pelo tempo,
Sinto o abraço das palavras tristes quando as lágrimas da paixão brotam do sorriso sol,
Sento-me no teu colo, beijos incandescentes nos teus lábios em flor…
Me resigno enquanto me é permitido,
Fujo de ti, escondo-me numa esquina de luz em ciúme,
E tenho na mão direita o fogo do teu peito,
A morte vem, oiço-a na montanha branca onde habitam os teus braços cansados,
E sei que as palavras choram, por ti, por mim, meu amor…
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 15 de Agosto de 2017