Fumo este pobre cigarro que me há-de matar,
Mas a morte é apenas o THE END do filme da minha vida,
Alguns farrapos, um par de sapatos e uma caixa em madeira,
Sempre adorei o cheiro da madeira, logo pela manhã, ao acordar,
Fumo este pobre cigarro porque me dá prazer, e me alimenta de madrugada,
Não, não penso na morte, porque no fundo, ela é bela, como as palavras que não consigo escrever,
Fumo este pobre cigarro sabendo que vou morrer…
Mas quem não morre?
Todos morremos, até o próprio saber, até as cidades a arder e o prazer.
Francisco Luís Fontinha