Que seja hoje o teu último dia na minha mão.
Este meu corpo cansado das Avenidas embarcadas,
Quando junto ao rio uma nuvem de noite me absorve, alimenta e mata.
O regresso.
Que seja hoje o teu último momento,
Nas palavras assassinadas da madrugada,
O cão,
O cão que vive nesta casa e se alicerça aos corredores a preto-e-branco,
Sem nada,
Sema nada.
O regresso.
Que seja hoje o teu último suspiro,
Nos meus lábios embainhados de serpentes…
Não mentes,
Do regresso,
Onde tudo sentes.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 11 de Fevereiro de 2018