Nesta casa não conheço a tua pessoa,
Nesta casa despede-se a paixão das estrelas sem nome…
Como um relógio abandonado,
Nesta casa deixou de haver alegria,
E todas as janelas se transformaram em grandes,
Revoltadas,
Cinzentas,
Nesta casa habita a saudade,
Da tua pessoa,
Em cada final de tarde,
Nesta casa não conheço a tua pessoa,
Apenas sombras de papel suspensas nas paredes,
E um sorriso submerso na minha infância…
Em cada dia,
Em cada tristeza.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 29/07/18