Podia desenhar-te o Céu.
A vida é um suspiro, a casa vazia, triste e a tremer de frio…, o cansaço do amanhecer perdeu-se no teu olhar, respiras, sofres por mim, e não o queres demonstrar.
Sabes, tenho medo dos pássaros, que deixem de voar, que fiquem estonteantes, como eu, ao ver-te aí deitada, tenho medo da madrugada, porque amanhã não sei se vou ler nos teus olhos a palavra amo-te…
E é tão triste, e é tão belo, todo este silêncio que nos abraça.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 24 de Novembro de 2018