Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

20
Mar 19

Não tenho tempo para amar.

Amar o não amado, quando o desamado, triste, parte junto com a morte,

Pertinho do mar,

Uma flor em transe, vai habitar o meu jardim,

Coitado do poeta, desamado, sem sorte…

Ouvindo os berros do clarim.

 

E das palavras, construo farrapos,

Farrapos que que agasalham,

Gritam,

Morte ao amor.

 

Ponto.

 

Travessão.

 

O visitante da minha sepultura, de vela no coração, e flores no sorriso,

Escrevo um conto,

Estendo a mão…

E aparece nos meus lábios o juízo.

 

Porque me bates à porta?

 

A casa vazia, sem janelas para a ribeira,

O silêncio pendular da paixão,

Descendo,

Subindo,

Malditas escadas sem corrimão,

Sem beira nem eira,

O desamado, mentindo,

Que ama a flor, aos poucos tombando.

 

No chão argamassado.

 

Amar?

Não. Obrigado.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 21 de Março de 2019

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:05

54524043_2707032089314240_4854065527045226496_n.jp

 

publicado por Francisco Luís Fontinha às 20:42

Março 2019
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

11
13


27



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
Posts mais comentados
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO