Sou filho da noite.
Sempre adorei a noite, onde vivem as palavras e os amores proibidos,
Ou impossíveis,
Ou amores inanimados.
Quando criança, brincava com aviões em papel,
Papagaios em papel,
Barcos de esferovite,
Com motor.
Sempre me lembro desalinhado com os momentos passados,
Tristes, alguns,
Alegres, outros,
E adorava, adoro, o circo.
Hoje, temos cá o circo,
Sempre foi o meu sonho fugir com um circo,
Viver de noite,
Andar de terra em terra.
Apaixonado pelas árvores.
Pelos palhaços,
Trapezistas
E outros malabaristas.
Os últimos já existem na política,
Temos malabaristas a mais,
Todos formavam uma grande companhia de circo…
O circo da merda.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
26/04/2019