Se eu juntar o Sol com a geada,
E subtrair a madrugada,
Elevar ao quadrado o luar…,
Fico com nada,
E tu, talvez fiques com o mar!
Calculando a primitiva do teu olhar
Juntamente com a raiz quadrada,
Eu continuo a ficar com nada,
E tu, novamente com o mar!
Assim não dá.
Diferenciando o silêncio do teu sorriso
E ao mesmo tempo,
Dividir o meu cansaço pela falta de juízo,
Obtenho a probabilidade do vento…
Assim não dá.
Se juntar o Sol com a geada,
Adicionando o mínimo múltiplo comum da madrugada,
Integrando o luar…,
Fico com três folhas de papel perdidas na calçada,
E tu, ficas com o mar!
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Poema a publicar em livro