Não tenho pressa de regressar às tuas mãos.
Enquanto dormir nos teus lábios,
Os meus braços alicerçam-se à tua boca,
Escrevem,
Correm,
Nos poemas de viver.
Não tenho tempo de regressar ao teu corpo,
Em chocolate puro,
Doce,
Como a amêndoa amanhecer.
Não tenho pressa de escrever no teu cabelo,
Os poemas de esconder,
Os versos partidos e fatiados,
Ao pequeno-almoço.
Não tenho pressa de caminhar,
Em direção ao mar,
Porque o rio está longe,
Das fotografias de beijar.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 14/05/2020