Amar a montanha encastrada no rio
Abrir os braços e voar em direção à lua
Encolher-me quando passo à tangente entre as estrelas
Amar a montanha e poisar a cabeça sobre a rocha de xisto
E os grãozinhos de poeira
Dentro dos meus olhos que cambaleiam no silêncio das árvores
Amar perdidamente a montanha encastrada no rio
E esperar o sargaço do vento contra o meu rosto
Quero ser um túnel de luz
E que me cresçam asas como as gaivotas
Quero ser o mar
Ou a montanha que amo loucamente…