(descobri que existe uma mulher que gosta do que escrevo e a ela dedico este poema; à Sara)
Não me canso de brincar
Nos socalcos do douro,
E ver a amanhã a acordar
Nas finíssimas nuvens de ouro,
Não me canso de brincar
Com as pétalas da madrugada,
Não me canso de esperar…
A mulher amada,
Não me canso de brincar
Nos sonhos de criança,
Não, não me canso de acreditar
E ter esperança,
Não me canso de brincar
Com as gaivotas junto ao mar,
Não me canso e nunca me vou cansar…
De amar,
Não me canso de brincar
Nos socalcos do douro,
Não me canso de acariciar
O teu cabelo loiro,
Não me canso de brincar
Nas migalhas da alvorada,
Não me canso e nunca me vou cansar…
Dos lábios da mulher apaixonada.