A trapezista
E amante
Sentada nos braços do trompetista
Gago e ausente,
A trapezista
Suspensa no arame da vida,
Minissaia e voz de artista
Saltitando numa rua sem saída,
É a vida acorrentada
À mediocridade dos orgasmos
É a vida cansada
Que dorme à beira da estrada,
A trapezista em pasmos…
Nos sufocos da madrugada.