O silêncio inconfundível do meu cachimbo
Quando a tarde se esconde nas nuvens de algodão
E em pedacinhos de nada
Desce a noite à minha mão,
Abraço-me aos sorrisos do fumo dilacerante
Que se entranha nas minhas veias como um rio rebelde
Ausente
Que corre em direção ao mar,
Sento-me junto ao rio que corre em mim
E olho-o a extinguir-se na noite – O meu cachimbo –
O fumo em milhões de cores nos lábios do pôr-do-sol…
E à lua se abraça o silêncio do meu cachimbo.