Vivo dentro desta caixa de sapatos
Abraçado a milhões de cores
Sou uma tela cansada
Sou um monstro da madrugada,
E não valho nada…
Vivo dentro desta caixa de sapatos
Amarrado às flores
Que a noite consome na fornalha,
A canalha,
Os impostores,
Os oportunistas da minha terra…
Sou uma pétala amarela
Que vive dentro de uma caixa de sapatos,
Sou uma tela
Onde poisa o pincel da solidão…
E se extinguem as estrelas do céu.