A casa deixa de fazer sentido
As janelas cobrem-se de nuvens
E a porta de entrada acorrentada à montanha
Que desce do céu,
O rio entra pela chaminé
E desce e desce e desce…
E poisa e poisa e poisa…
Na penumbra lareira imaginária,
A casa deserta e só
Escondida nos braços da neblina,
A casa, a casa imaginária
Onde vive um menino invisível,
E só e só e só…
A poeira que se alicerça nos livros,
A casa deixa de fazer sentido
Quando acorda a tarde,
A casa,
Começa a voar em círculos na copa das árvores,
E voa e voa e voa…
Em direção ao mar.