Há um poema na minha vida
Que não me deixa desistir,
Há um poema que segura os meus sonhos
E me diz para acreditar,
Há um poema dentro de mim
Uma fogueira a arder,
Há um poema que me obriga a gritar…
A cada manhã ao acordar
Ou nos dias a sofrer,
Há um poema
Que me obriga a sonhar
E a viver…
Há um poema dentro de mim
Construído de pedacinhos de areia,
Nasceu em Luanda…
E corre na minha veia.
(“Queriam-me casado, fútil e tributável?” Álvaro de Campos)
“É isto o que a vida quer de toda a gente?, perguntava Abel.” (Claraboia de José Saramago, pág. 267)