Espero enquanto a noite se esconde
Dentro do meu esqueleto
E nem uma simples sombra me abraça
Ou se deita na minha mão,
Espero,
E a noite longínqua dos meus lábios
No miolo dos meus ossos
Evapora-se sem me avisar,
Sem me abraçar,
Espero enquanto a noite se esconde
E dentro do meu esqueleto
A dor
Mergulhada na solidão que não termina,
Acaba a noite…
E começa a saudade
Do mar enrolado às coxas da maré,
Espero
E no púbis das estrelas
Vejo o meu corpo desossado…
E começo a chorar.