Finíssimos fios de água
Abraçam-se à bananeira
E um paquete desgovernado
Entra-me pelo quarto
E esconde-se sobre a mesa-de-cabeceira
Um menino acena-me envolto nos sorrisos
Do vento
E o paquete adormece docemente
Junto ao cortinado do temporal…
O menino senta-se junto ao rodapé
Onde dormem as gaivotas
E um cansaço entra-me no corpo
E saio pela janela
E eu e os finíssimos fios de água
Esperamos pela chegada do néon do faroleiro
Que cambaleia na bebedeira das estrelas…