(desenho de Luís Fontinha/MiLove)
Vejo-te prisioneira nas teias de aranha da noite
No teu rosto pingos de chuva se desprendem
E eu
Eu
Vejo-te prisioneira
Nas teias de aranha da noite
E não sou capaz de descruzar os braços
Pegar em ti
E levar-te para as nuvens onde vivo
E eu
Eu
Um covarde
Um covarde que não é capaz de descruzar os braços
E pegar em ti
E limpar-te os pingos de chuva…
Que se desprendem do teu rosto
Vejo-te prisioneira nas tei… de aranh.. noite
E tenho medo de tocar-te
E tenho medo que ao tocar-te
Desapareças entre as teias de aranha da noite
E o teu corpo se transforme em pedacinhos de algodão
E mel
Vejo-te
E não te toco porque sou covarde