E que a noite desce lentamente sobre o silêncio dos plátanos
Puxa de um cigarro
Senta-se no granito agreste da montanha
E que a noite desgostosa
Semeia beijos nos lábios da maré
E abraços no sorriso doirado do pôr-do-sol
E que a noite é assim Triste Cansada Solitária
Puxa de um cigarro
E perde-se nos suspiros do rio
Enquanto na montanha
A criança dorme e sonha com malmequeres
E que a noite desce
Lentamente sobre o silêncio dos plátanos
Toca no rosto do rio
E do outro lado
Almada dorme como um pássaro desgovernado
Como um pássaro sem asas
Poisado no granito agreste da montanha