Entre as ruinas da cidade
O mar sobe à copa das árvores
Um menino frágil sorri às gaivotas
Quando passam apressadas em direção ao silêncio invisível…
O menino perdido entre as ruinas da cidade
Extingue-se nas sílabas da manhã
Um poeta pesca palavras no rio da poesia
E o poema escreve-se sobre as ruinas da cidade
O poeta é um pescador
O poeta escreve nos olhos do menino frágil
Que sorri às gaivotas
E do rio da poesia
Um barco atulhado com contentores de poemas
Caminha sobre a copa das árvores
Entre as ruinas da cidade
A viagem desenha-se na solidão da manhã