Andas tão ocupada
Que me ignoras
Andas tão ocupada primavera
Que esqueceste onde moras
Que perdeste o gosto da saudade
Andas tão ocupada primavera
Que dizes às nuvens a não verdade
E ao sol atiras-lhe pedras
Andas tão ocupada
Que me ignoras
Me esqueces na rua em construção…
Andas tão ocupada primavera
Que no sorriso da vaidade
Cresce-te um plátano no coração
Andas tão ocupada
Que eu tenho de me abraçar à solidão.
Luís Fontinha
26 de Março de 2011
Alijó